segunda-feira, 13 de junho de 2011

MAGIA SEXUAL (parte I)

Tire as crianças e os Pinks da sala. O assunto não é para menores.
Só pra lembrar, a Magia Sexual, na Wicca e na Witchcraft, é sempre praticada no maior respeito, e ninguém é coagido a fazer nada.
O controle dos próprios pensamentos, durante essa prática, precisa ser tão grande que quase não se tem prazer com isso. Até porque a energia é desviada para a “magic child”. Se quer ter prazer, sugiro que deixe a Magia Sexual de lado e vá direto ao Kama Sutra. Pra ser Bruxo, é preciso ter profissionalismo.
As Bruxas da Witchcraft costumam ver a Magia Sexual como “uma forma de unir o útil ao agradável”_ nem mais, nem menos do que isso. A Magia Sexual é encarada, na Witchcraft, com a mesma naturalidade que comer uma fatia de bolo. E sem preocupação com as calorias.
Eu teria várias coisas a acrescentar e vários comentários a fazer, mas não vou falar nada, porque não quero me comprometer...

Fonte: Raven Grimassi, “Os Mistérios Wiccanos”

“A Bruxaria não deve desculpas por envolver magia sexual. São as outras religiões que devem desculpas pela miséria da repressão puritana que impingiram à humanidade.”_ Doreen Valiente, “Witchcraft for Tomorrow”.
Imagine por um momento um casal sentado à mesa para um íntimo jantar a dois. Sobre a mesa, velas acesas e um pequeno vaso como adorno para a cena. Ouve-se música ao fundo e o vinho é derramado em taças. Esses são elementos familiares que associamos ao amor e à sexualidade. É interessante observar que eles também são associados aos rituais Wiccanos. Vemos aqui que ambas as cenas são, na verdade, atos de reverência ao Feminino. O vinho e as flores são oferendas tradicionais à Deusa. A luz de velas revela que a cena é especial e mágica, não é dia nem noite, claro ou escuro. O momento é sagrado, isolado das preocupações da vida cotidiana.
Para compreendermos a função da sexualidade na Velha Religião, devemos nos afastar de nossa visão moderna e de nossos preceitos pessoais por alguns momentos. Devemos retornar a um período no qual a comunidade via o sexo como
saudável, natural e desejável. Era uma época na qual os homens não eram menosprezados por seus impulsos sexuais e sua orientação visual à sexualidade. As mulheres não eram degradadas por seus desejos sexuais ou por sua sensualidade; o conceito moral judaico-cristão da prostituta ainda não havia se desenvolvido. Prostitutas sagradas serviam aos deuses em templos sagrados, o homossexualismo e o heterossexualismo nada mais eram do que definições de preferência sexual (como na Grécia Antiga).
A Velha Religião da Europa pré-cristã baseava-se em ritos de fertilidade para assegurar a proliferação de animais, plantas e humanos. Um dos aspectos mais controversos da Wicca atualmente gira em torno do tema da utilização de atividades sexuais em rituais ou magia. Algumas Tradições Wiccanas não incorporam elementos sexuais em suas práticas (ou crenças) em parte por causa de abordagens pessoais, inibições e diversas preocupações com a saúde. A pressão social de viver numa cultura judaico-cristã também fez com que algumas tradições omitissem os elementos sexuais para negar as alegações de muitas igrejas cristãs de que as Bruxas participavam de orgias e práticas sexuais pervertidas. Para não ofender a sensibilidade judaico-cristã, muitos Wiccanos comprometem o Antigo Caminho [no sentido de debilitar, enfraquecer o Antigo Caminho] ao criar representações simbólicas dos antigos aspectos da fertilidade na Bruxaria.
Em tempos remotos, a energia sexual era a mais poderosa energia que os humanos podiam experimentar através de seus próprios sentidos físicos. A habilidade aparentemente mágica dessa energia de criar outros humanos deve ter tido um efeito profundo sobre a psique dos antigos. Na Tradição dos Mistérios, esse aspecto da magia envolve o uso de energia sexual como fonte de poder. O conceito pagão da atividade sexual é totalmente diferente do conceito judaico-cristão. O sexo é visto como uma experiência natural e prazerosa. Pode ser parte da expressão amorosa de um indivíduo ou simplesmente o compartilhar de prazer e desejo com outra pessoa. Com fins rituais de magia, ele pode simplesmente ser a fonte de energia que fortalece os ritos.
 
 
... CONTINUA ...
 
 
Texto by Nadia Bertolini


 

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