sexta-feira, 27 de maio de 2011

LIVRE-ARBÍTRIO x DETERMINISMO

O livre-arbítrio é uma das questões mais polêmicas e paradoxais de todos os tempos. E para essa filosofia, o homem é livre para a prática do bem e do mal. Mas arca com as conseqüências dessa liberdade. Ao livre-arbítrio opõe-se à filosofia do determinismo, segundo a qual tudo que acontece com a natureza e o homem já está determinado por uma causa.

Ao determinismo ligam-se coisas muito importantes, como o destino e a fatalidade, que só existem enquanto expiações (carmas) e provações oriundas do nosso próprio livre-arbítrio. E há os deterministas de várias categorias: os econômicos, para os quais fatores econômicos causam todos os problemas da humanidade; para Ratzel tudo tem por causa fatores geográficos; e Freud afirmou que nós não somos responsáveis pelo que fazemos, por sermos vítimas de imposições inconscientes. Para Sto Agostinho, o homem não é realmente livre por causa do pecado original. Mas lemos na Bíblia: "A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho..." (Ezequiel 18, 20). Já Spinoza divide o homem em duas partes: a divina "natura naturans", determinante (o "superego" ou o "Eu Transcendente" de Jung, que supera o "id" de Freud, e o "ego" de Adler). A "natura naturans" tem livre-arbítrio, enquanto que a "natura naturata", existencial, determinada, não deixa o homem ser totalmente livre.
E conclui Spinoza que só seríamos totalmente livres, se fôssemos conscientes do que fazemos.


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