domingo, 19 de fevereiro de 2012

Ninguém precisa do seu sacrifício

# Um dos textos mais dignos que eu já li.

Ninguém precisa do seu sacrifício

por Andre Lima - andre@eftbr.com.br


Certa vez, atendi uma mulher que vivia um casamento de fachada. Depois de ter sido traída pelo marido, a relação conjugal ficou insustentável. Entretanto, por causa dos filhos, resolveu que iria continuar vivendo na mesma casa com o marido como se ainda fossem casados. Viviam apenas como amigos e os filhos não sabiam da real situação. Estava agindo dessa forma para evitar sofrimento para os filhos.

Seu desejo real era o de se separar. Ao pensar nisso, começava a sentir culpa imaginando o quanto os filhos iriam sofrer. Ela se via em um dilema onde teria que escolher entre dois tipos de sofrimento: manter um casamento por tempo indeterminado ou passar por uma dolorosa separação que lhe traria um forte sentimento de culpa e pena dos filhos. A culpa a levou a decidir por continuar o casamento de fachada. Vamos observar as consequências emocionais.

Quando alguém se sacrifica, acaba por sentir que o outro ficou lhe devendo algo. Ao causar sofrimento a si mesma para poupar o filhos, sua contabilidade emocional interior começará a anotar que os filhos lhe devem. E essa dívida imaginária será proporcional ao tamanho do sofrimento que ela se auto impôs. Do outro lado, os filhos não tem a menor idéia que são vistos como devedores.

Ao mesmo tempo em que ela terá esse sentimento de que os filhos lhe devem, vai se ressentir deles por ter tomado essa decisão, como se ela tivesse sido obrigada. Os anos vão passando e sua frustração vai aumentar por não poder entrar em um novo relacionamento e pelo tempo perdido e etc. Inconscientemente ela culpará os filhos pela sua escolha.

Mas, é claro, que se você perguntar, essa mãe dirá que fez tudo sem esperar nada em troca, que não tem raiva dos filhos por isso, porque, afinal de contas, ela é adulta e tomou uma decisão por sua conta. Esse é o discurso superficial. Um lado dela pode até ver dessa forma, mas lá no fundo existe um processo emocional.

A verdade sobre essa raiva oculta e sobre o sentimento de que os filhos lhe devem vai aparecer mais dia menos dia na relação com eles. Sentindo que foi capaz de tamanho sacrifício, ela cria uma expectativa que eles também façam coisas por ela. E quando os filhos não corresponderem a isso, a mãe se sentirá decepcionada. E se ela conseguir engolir e esconder todos esses sentimentos sem demonstrá-los para ninguem, vai gerar uma infelicidade, depressão e não terá consciência da onde vem esse sofrimento. Existe ainda mais uma consequencia. Essa mãe sentirá raiva de si mesma por ter se imposto tamanho sofrimento. E essa raiva de si mesma poderá ser projetada ainda mais em cima dos filhos.

Em um determinado momento, os filhos vão acabar percebendo a situação de fachada e o sacrifício que sua mãe fez. Acredito até que eles já sabem disso em um nível inconsciente. Também de forma inconsciente podem acabar se sentindo culpados por se considerarem os causadores do sofrimento da mãe ao mesmo tempo que podem sentir raiva dela por fazê-los se sentir culpados por uma decisão que eles nem pediram.

Vejam, então, o grande emaranhado emocional. Algo que teoricamente seria benéfico pelo menos para os filhos, acaba sendo prejudicial. Ninguém sai ganhando. Todos ficam ainda mais infelizes nesse jogo.

O que aconteceria se ela seguisse sua vontade e se separasse? Certamente haveria um sofrimento inicial dos filhos. Mas com o tempo isso seria amenizado. Seria uma experiência dolorosa, mas plenamente possível de se superar. No final das contas, provocaria menos sofrimento para família.

Essa mesma mulher tem um histórico anterior em que sua mãe fez um sacrifício por ela. Durante a gravidez, a mãe dela teve uma determinada doença. Para não causar nenhum problema ao bebê optou por não tomar a medicação. Só que isso lhe trouxe uma sequela física por não ter tratado a doença. O resultado é que é essa mulher sente que sua mãe a culpa pelo seu problema físico, e ela por sua vez se sentia muito culpada por se ver como a causadora do sofrimento na mãe. Sua mãe não a acusava diretamente, mas a filha sentia nas entrelinhas a raiva oculta que a mãe sentia por ter feito esse sacrifício.

A minha cliente nunca conversou sobre seus sentimentos a respeito desse assunto com sua mãe nem com qualquer membro da família pois tinha certeza que todos iam dizer "imagina! você está certamente enganada, sua mãe jamais iria ficar com raiva de você, ela fez tudo por amor e etc...". Certamente a mãe agiu dessa forma por amor. Mas por outro lado ficou uma raiva de ter sido prejudicada e isso acaba sendo projetado na filha. O amor e os sentimentos negativos coexistem.

E hoje, por se sentir devedora com relação a mãe, tenta agradá-la de todas as formas. E uma dessas maneiras de agradar é também manter o casamento. Esse foi um outro aspecto que surgiu durante a sessão que a fazia continuar casada contra a sua vontade.

O trabalho que foi feito na sessão de *EFT (técnica para auto-limpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo) realizada foi para libertá-la dos sentimentos de culpa de pensar em se separar, medo de ver o sofrimento dos filhos, medo de separar e ficar sozinha, mágoas do ex-marido, sentimento de culpa com relação a sua mãe... Tudo isso para que ela pudesse se sentir livre da negatividade que estava comandando suas ações. Uns sentimentos negativos diziam que ela tinha que separar (a mágoa do ex-marido, por exemplo) e outros diziam que era melhor ficar casada (culpa, medo que os filhos sofram e etc...).

Mas o que a sua essência realmente deseja? Não há como ter certeza verdadeiramente até limpar toda a negatividade. Ao dissolver esses sentimentos a pessoa vai sentindo cada vez mais paz interior e surge a confiança sobre qual seria a melhor decisão.

Observe atentamente cada vez que você fizer algo contra a sua vontade, os sentimentos que surgem e as projeções que irá fazer causando ainda mais sofrimento para si mesmo e para os outros. Vale a pena fazer sacrifício? Só você poderá saber. Na vasta maioria das vezes o sacrifício é totalmente desnecessário. E caso decida por se sacrificar de alguma forma, como no caso de não tomar uma medicação para não prejudicar o filho, abandone sinceramente toda e qualquer negatividade que venha a surgir. Assuma total e incondicional responsabilidade pelo sua decisão para não projetar nos outros a raiva pela sua própria decisão. Se você conseguir se desvincular de toda a negatividade, e é muito raro que alguém consiga, então, não se trata mais de um sacrifício, e sim apenas de uma decisão que você resolveu tomar que não gera mais nenhum tipo de sofrimento emocional para você e para os outros. Muito cuidado pois é muito fácil se enganar!


 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

INCENSO E SAL GROSSO REALMENTE FUNCIONAM?

por Bruno J. Gimenes - sintonia@luzdaserra.com.br


Na sabedoria popular, muito se fala sobre o poder dos incensos e do uso do sal grosso quando o assunto é energia dos ambientes. Mas será que esses simples elementos realmente são eficientes para harmonizar energeticamente tanto ambientes como pessoas? Ou será que estamos diante de pura crença sem fundamento científico ou funcional? A minha resposta: eles funcionam!

São realmente eficientes no que tange ao trabalho de equilibrar energias sutis.

Selecionei neste texto um apanhado de informações que coletei ao longo da minha vida, desde as experiências que tive como químico (minha formação acadêmica), como também terapeuta e professor de terapias holísticas. Além disso, no estudo o qual dediquei grande parte do meu tempo para construir a Fitoenergética*, também encontrei muitas vezes no meio do caminho da pesquisa, as intrigantes atuações dos incensos e sal grosso.

Mesmo defendendo a ideia de que o tema abaixo foi amplamente estudado para que essa definição fosse apresentada, ainda sim, sugiro que você mesmo teste e encontre as suas próprias conclusões.

SAL GROSSO: O sal grosso, quimicamente falando é NaCl, ou seja, a união do Cl (cloro) com o Na (sódio). No átomo de cloro temos um ânion (-) ou a partícula negativa. No átomo de sódio temos o cátion (+) ou a partícula positiva. Portanto, o positivo se liga ao negativo para formar uma molécula em equilíbrio.

Vemos essa visão na espiritualidade e nas filosofias orientais como o Taoísmo, por exemplo, onde o Tao que é o todo, o inefável, a presença maior, emana para o planeta Terra o Chi. O Chi da visão oriental tem seus correspondentes ocidentais conhecidos como magnetismo, fluído vital ou energia vital simplesmente. Ao longo da história da humanidade e em diversos povos, também recebeu nomes como quinta essência, mana, prana, entre outros. E o que isso tem haver com as propriedades do sal grosso? Tudo...

Quando o sal entra em contato com a água, os átomos de Na(+) e Cl(-) tendem a se separar para reagir com a água (H20). Nesse processo, naturalmente encontramos também a possibilidade de partículas negativas do ambiente, pessoa ou objeto, serem atraídas magneticamente para a parte do Na+ (sódio), ao passo que partículas carregadas positivamente serão atraídas para a parte do Cl - (cloro). Engana-se quem pensa que energia positiva em excesso é algo bom, pois o correto e harmônico é o equilíbrio, e por isso, o sal além de absorver a negatividade em excesso, também absorve a parte positiva que estiver em desequilíbrio.

Colocar um copo com água + sal grosso nos principais ambientes de uma casa, promoverá o ajuste da energia desses locais, entretanto, é bom que se saiba que este copo precisa ser trocado. Troca-se o copo com água e sal grosso sempre que este começar apresentar formação de uma casca de sal em sua borda. Nesse momento, joga-se o conteúdo do copo em esgoto normal, lava-se bem o copo e repete-se o processo. Mantenha os copos com água e sal grosso nos ambientes que quer harmonizar e você promoverá o efeito filtro de ambiente, o que nos ajuda muito na rotina diária, para mantermos a qualidade da energia de nossos lares. Use preferencialmente copos de vidro transparente, sempre preenchendo com água mineral ¾ do volume, ou seja, deixe o copo com uma margem vazia. Em um copo de 300 mL use de duas a três colheres de sal.

INCENSOS: poder do incenso é transcendental porque reúne múltiplos elementos que são muito eficientes na harmonização de um ambiente. Quando a vareta é queimada, múltiplos elementos entram em ação e atuam no ambiente, pessoa ou objeto que se deseja. Veja os principais elementos benéficos oferecidos na queima do incenso:

ELEMENTO FOGO: quando o incenso queima, a força do elemento fogo atua no ambiente contribuindo para a transmutação das energias desequilibradas do local. O elemento fogo tem a força de limpar as saturações atmosféricas condensadas já em níveis materiais. Sempre que os fluídos densos psíquicos já estão muito condensados, os grupos de elementais do fogo agem purificando as forças e devolvendo o reequilíbrio.

ELEMENTO AR E ÉTER: a queima do incenso, a fumaça liberada ao ar tem a propriedade de transitar entre a dimensão física (fumaça) e a dimensão extrafísica ( éter quinto elemento, que é o veículo pelo qual o ar transita). Essa capacidade permite que as propriedades do fogo, das resinas, óleos essenciais e ervas do incenso, atuem simultaneamente nas duas dimensões citadas, portanto trata-se de um agente de conexão, de transição ou comunicação.

ERVAS, RESINAS E ÓLEOS NATURAIS: as propriedades específicas desses elementos usados individualmente ou combinados oferecem as forças de suas essências energéticas altamente benéficas. Além disso, quando queimadas, emanam ao ambiente a energia potencial retida em suas estruturas durante todo o processo de surgimento na natureza, desde os primeiros segundos de vida no planeta Terra, quando surgiram como sementes ou semelhantes, até o momento de uso.

A FORMA CORRETA DE UTILIZAR UM INCENSO:

-Escolha o local do ambiente no qual deseja acender um incenso, que deve ser de boa qualidade. Evite incensos indianos que tenham mão-de-obra escrava envolvida. Providencie um incensário que dê segurança ao ritual, para não permitir que partes ainda incandescentes possam gerar um dano indesejável.

-Segure o incenso entre as suas duas mãos (ainda apagado). Coloque as mãos em prece na frente da testa com o incenso entre elas. Eleve seu pensamento ao alto colocando uma intenção positiva para a queima do incenso e respire fundo várias vezes. A intenção é a chave de tudo, faça com bastante concentração.

-Acenda o incenso e agradeça as bênçãos recebidas. Você poderá deixar o incenso fixo em algum lugar da casa, mas poderá também mover-se no interior do ambiente, levando consigo incenso aceso liberando sua fumaça e suas propriedades balsâmicas.

-Para aplicar as energias do incenso em uma pessoa, transite com o incenso aceso a distância de meio metro dela, e deixe que suavemente a fumaça obtida toque o todo o seu corpo. De preferência, solicite que a pessoa a ser incensada fique de pé com os braços bem abertos no formato de cruz. Ande ao redor da pessoa suavemente, segurando o incenso, liberando a fumaça e mantendo uma forte intenção positiva.

-Essas práticas promovem purificações muito intensas tanto em lares, ambientes e objetos quanto em pessoas, principalmente, de energias mentais e emocionais desarmônicas.

-Existem muitos incensos de qualidade no Brasil, poderia citar os nomes e marcas, mas prefiro dizer aquilo que acredito muito, escolha com a sua intuição e use com a sua intenção, esse é e sempre foi o segredo do bom uso.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Para Refletir!

Acho muito interessante aquele tipo de discurso clássico quando falam que "tal pessoa tem duas caras" ou "só mostra o que quer que vejam" ou até "é uma coisa no trabalho, mas é outra coisa com os amigos". Quero que, um dia, me apresentem alguém que não cultive essas qualidades. Pois, até onde sei, todos nós, mortais, somos dotados de personas (de personare, "soar através de" ou pershu, relacionado... ao papel teatral). Todos nós somos dotados de uma natureza apolínea e dionisíaca, o problema é que nem todos sabem lidar com essas diferentes faces de uma mesma moeda.

Na jornada feiticeira aprendemos que conceitos de "bom" e "mal" não podem existir, e isso torna as coisas muito difíceis de certa forma, afinal, todo o ser humano precisa de normas, regras, limites e uma linha de parâmetros para seguir. O que acontece é que quando aprendemos, sobre nossas naturezas apolíneas e dionisíacas, esse tipo de conflito deixa de ser tão nebuloso

Apolo é o deus do sol, da música, da poesia e da beleza. O filósofo Nietzsche e o médico neurologista Freud compartilharam o conceito de que essa alegoria representaria tudo aquilo que é belo e louvável. É a natureza "externa" do ser humano, é o caráter civilizador do homem, é a pedra fundamental dos princípios e dos bons costumes. É o Belo e o Justo. Já Dionísio é por si só o deus do êxtase. É aquele que foi morto três vezes e rege o reino da bebida, do êxtase, do caos. É o senhor das bacanálias, é o impulso fundamental, é a selvageria, é o aspecto criativo da nossa mente, é o espírito desenfreado e livre. É a dissolução e a desconstrução.
E como isso se dá exatamente? Bom, é a negação dos nossos aspectos selvagens "sombra" e "destruição" que dá origem às falas belezas, das quais o mundo profano está há muito acostumado. É a superficialidade e a levianidade que faz com que todos corram, em ritmo desenfreado à beleza superficial das coisas. A bruxa e o feiticeiro conhecem essas jornadas, e bem sabem que disso nada pode prosperar. Quando o ser humano não nega sua natureza sombria, mas ao invés disso, aprende a trabalhar com ela, surge então, o verdadeiro princípio do cosmos e de um universo organizado e coerente. Logo, a bruxa e a feiticeira que trabalham a noite com a ajuda dos seus espíritos protetores, e sob uma noite, que muitas vezes não tem lua, amaldiçoa aquilo que deve ser amaldiçoado pode ser o mesmo mago durante o dia que, sábio, dá conselhos e abençoa com a melhor das intenções.
 
Todos sabemos que ninguém pode abençoar se também não sabe amaldiçoar.
 
Diannus do Nemi

domingo, 12 de fevereiro de 2012

MEDITAÇÃO: A árvore da vida.

Exercício 13: A Árvore da Vida
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

(Esta é uma das meditações mais importantes, que é praticada individualmente, assim como em grupo. Na prática solitária, comece sentando ou ficando em pé de maneira ereta, e respirando profunda e ritmicamente.)
“Enquanto respiramos, lembre-se de sentar de maneira ereta e à medida que sua coluna fica reta, sinta a energia surgindo... (pausa).
“Agora, imagine que sua espinha é o tronco de uma árvore... e de sua base raízes estiram-se profundamente para dentro da terra... para o centro da própria terra... (pausa).
“E você pode retirar poder da terra a cada respiração... sinta a energia desabrochando... como a seiva que surge no tronco da árvore...
“E sinta o poder subindo por sua espinha... sinta como você está se tornando mais vivo... a cada respiração...
“E no alto da sua cabeça existem galhos que se movimentam para cima e de novo para baixo para tocar a terra... e sinta o poder irrompendo do topo da sua cabeça... e sinta-o movimentando-se através dos galhos até que novamente toque a terra... fazendo um círculo... formando um circuito... retornando às suas origens...
(Em um grupo:) “E respirem profundamente, sintam como todos os nossos galhos se entrelaçam... e o poder se faz sentir através deles... e dança entre eles, como o vento...sinta-o se movendo...” (pausa longa).
(Termine ou prossiga com algum outro exercício ou feitiço, e depois aterre.)
(Para terminar:) “Agora, respire fundo e sorva todo o poder, como se o estivesse sorvendo com um canudinho. Sinta a respiração descer pela espinha e fluir para a terra. [Ou seja, aterre.] Relaxe.” #

Exercício 12: Como Energizar um Objeto

Exercício 12: Como Energizar um Objeto
Fonte: Laurie Cabot, “O Amor Mágico”

Energizar um objeto ou instrumento mágico é um método de transferir a sua energia (ou do universo, através de você) para um artigo a ser usado com propósitos mágicos. [Relaxe, Concentre-se e Centre-se]. Segure o objeto nas mãos, entre em alfa e veja a aura em torno do objeto através do olho da sua mente. As auras aparecem de formas diferentes para pessoas diferentes. [Na verdade, as auras estão lá, a percepção das pessoas é que varia]. Podem parecer-se com luz, cor, radiação, bruma, um campo luminoso ou uma combinação de tudo isso. Retire do objeto qualquer energia caótica, nociva ou indesejada com um movimento rápido de uma mão alguns centímetros acima do objeto, como se estivesse varrendo-o, e diga: “Neutralizo qualquer energia incorreta nesse (diga o nome do objeto)”. Em seguida, visualize sua aura e/ou energia cósmica entrando no campo de energia pura do objeto. Observe sua aura tornando-se mais clara, perceptível, densa e intensa. Diga: “Energizo esse (diga o nome do objeto) para que seja fonte de poder e energia para (diga seu propósito: amor, cura, proteção, felicidade, etc.). Peço que seja correto e para o bem de todos. Que assim seja.” #

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O BEABÁ DA BRUXARIA. TÉCNICAS.

Nadia Bertolazzi - 16/09/2008
O Básico

Quando tive aula de caligrafia japonesa pela primeira vez, antes mesmo do professor explicar, meu corpo assumiu a posição correta, apoiei a mão no papel do jeito certo, segurei o pincel do jeito certo, retirei o excesso de tinta. Quando comecei a traçar, sentia como se tivesse passado a vida inteira fazendo isso. Na verdade, fiz tanta caligrafia japonesa no século onze que trouxe isso para essa vida, nasci sabendo, e bastou ser colocada no contexto adequado pra recuperar esse conhecimento. Quando alguém nasce sabendo fazer Bruxaria, é porque treinou pra caramba as técnicas na outra vida, treinou tanto que trouxe isso para cá. Mesmo assim, essa pessoa precisa ser colocada no contexto adequado pra recuperar esse conhecimento. Taí o motivo pra que mesmo Bruxas natas, que “já sabem tudo intuitivamente”, façam esse treinamento.
Uma amiga da Strega me disse que nunca viu alguém que não tenha sido Bruxa antes agüentar o treinamento nessa vida aqui. É, eu também nunca vi, nessa vida. Faz setecentos anos desde que vi uma não-Bruxa se transformar em Bruxa. Faço um desafio e um convite: seja o primeiro. Você será testado. As “Folhas da Serenidade”, que segundo a Lois Bourne são um livro que todas as Bruxas possuem, dizem : “A Bruxaria não é para os fracos e nem para os fúteis.” Muitas vezes, a Bruxaria vai te pegar pelo colarinho, te chacoalhar e dizer “Pede pra sair!” Mas a Bruxaria também estende a mão quando você cai. A Deusa da Lua ampara suas crianças. Nós todos continuamos simplesmente porque “Amamos muito tudo isso”. A Bruxaria é uma paixão sem a qual não poderíamos viver.
Esse tópico contém uma porrada de exercícios. 26 no total. É isso o que uma Bruxa aprende depois da Iniciação? Não. Isso é o que se aprende antes. Tudo o que se aprende antes? Não. Antes de ser iniciada, uma Bruxa deve aprender isso tudo e muito mais. O que está aqui é o básico. MUITO básico. É algo por onde começar. Não é necessário ser Bruxa pra fazer os exercícios abaixo, e fazê-los não transforma ninguém em uma Bruxa. Por que, então, fazê-los? Ora, você quer ter poderes mágicos ou não? Esse tópico é um treinamento básico de poderes mágicos.

Diz a tia Starhawk que o iniciante deve desenvolver quatro habilidades básicas:
1-relaxamento
(altera o padrão das ondas cerebrais e ativa centros de energia que, normalmente, não são utilizados)
2-concentração
(significa estabelecer uma ligação energética com a terra)
3-visualização
(significa ver, ouvir, tocar, sentir e sentir o sabor com os sentidos internos)
4-projeção
(projeção de energia. Através das mãos, por exemplo)

Os exercícios a seguir, de fontes diversas, vão ajudar a desenvolver essas habilidades básicas. Meus comentários pessoais estão entre colchetes. Vou assinalar o final de cada exercício com o sinal # Entre um exercício e outro, os comentários também são meus.

Exercício 1: Respiração Diafragmática
Fonte: Paul Tuitéan e Estelle Daniels, “Wicca Essencial”

Passo 1: Primeiro, fique de pé, deite de costas ou sente-se relaxadamente com a coluna reta. Coloque uma das mãos sobre o estômago, logo acima do umbigo, e a outra sobre o peito, na altura do coração; encoste a língua no céu da boca.

Passo 2: Inspire lentamente pelo nariz. Sinta com a mão o estômago elevar-se, mas procure não levantar o peito. Não queira encher os pulmões completamente, fazer o que se chama de grande respiração. Apenas procure levar o ar para as camadas mais profundas dos pulmões. A isso se dá o nome de respiração profunda.

Passo 3: Em seguida, contraia os lábios como se fosse assobiar, mantendo a língua no céu da boca. Expire lentamente pela boca, pressionando o estômago com a mão. Novamente, não deixe o peito subir ou descer.
 
Passo 4: Continue respirando assim, ritmicamente. Esse padrão deve criar um ritmo agradável, mas regular, de
Inspiração_ inspire pelo nariz e dirija o ar para as camadas mais profundas dos pulmões.
Retenção_ mantenha o fôlego enquanto se sentir bem.
Expiração_ expire pela boca o mais suavemente possível.
Retenção_ mantenha os pulmões vazios pelo tempo que conseguir.
[Seguindo a sugestão de Scott Cunningham, adote uma contagem de 3, 4 ou 5, o que for mais confortável. Por exemplo: inspire contando até 4, retenha o ar contando até 4, expire contando até 4, mantenha os pulmões vazios contando até 4, inspire contando até 4. Durante a respiração, mantenha sua atenção total e completamente focada na respiração.]
Repita a seqüência durante 10 minutos, pelo menos.

Como você estará substituindo o dióxido de carbono (que a maioria das pessoas armazena no fundo dos pulmões) por oxigênio numa quantidade considerável, você poderá induzir a hiperventilação. Por isso, tome cuidado, pois poderá ficar inconsciente. [Nem pense em deixar de fazer esse exercício só porque ficou com medo de respirar!] Alguns sinais que mostram que o ritmo não está adequado ao corpo (talvez você esteja respirando muito rápido ou muito lentamente) são tosse, bocejo ou tontura.
Não podemos dizer com precisão o que cada um desses sinais significa; eles podem variar entre as pessoas e as necessidades fisiológicas de cada indivíduo. No caso de Paul, por exemplo, ele às vezes boceja quando retém a inspiração por muito tempo_ detém parte do ciclo; tosse, se retém a expiração por muito tempo_ detém parte do ciclo; ou fica tonto, se respira com muita rapidez ou com muita força. Lembre-se, essas são três experiências pessoais e não incluem todas as variações que foram observadas.esperamos que cada um observe outras alterações em si mesmo.
Ao acostumar-se com esta técnica, você pode aplicá-la em qualquer situação_ correndo, caminhando, deitado_ e em qualquer lugar. Ela é uma técnica de meditação excelente, e pode ser-lhe útil sempre que tiver de enfrentar uma dificuldade física ou psíquica, pois ela centra e focaliza automaticamente a sua mente num padrão de comportamento que relaxa o corpo e o prepara para a ação. #

O Relaxamento é sempre precedido pela Respiração Diafragmática.

Exercício 2: Relaxamento
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

(Este exercício pode ser feito sozinho, em grupo ou ou com um parceiro. Comece deitando de costas. Não cruze braços ou pernas. Afrouxe qualquer roupa que estiver causando algum tipo de compressão.)
“A fim de conhecermos o relaxamento, em primeiro lugar, devemos experimentar a tensão. Vamos tensionar todos os músculos do corpo, um por um, e mantê-los tensos até relaxarmos todo o nosso corpo em uma só respiração. Não aperte os músculos para que não tenha cãibra, somente retese-os ligeiramente.
“Comece com os dedos do pé. Tensione os dedos do pé direito... e, agora, do pé esquerdo. Tensione o pé direito... e o pé esquerdo. O calcanhar direito... e o calcanhar esquerdo...
(Continue passando por todo o corpo, parte por parte. De vez em quando, relembre o grupo para que tensione quaisquer músculos que deixaram soltos.)
“Agora, tensione seu couro cabeludo. Todo seu corpo está tenso... sinta a tensão em cada parte. Tensione quaisquer músculos que estejam afrouxados. Agora, respire fundo... aspire... (pausa)... expire... e relaxe!
“Relaxe completamente. Você está completa e totalmente relaxado.” (Em tom de melopéia:) “Os dedos de sua mão estão realxados e os dedos do seu pé estão relaxados. Suas mãos estão relaxados e seus pés estão relaxados. Seus pulsos estão relaxados e seus calcanhares estão relaxados.”
(E assim por diante, por todo o corpo. Periodicamente, pare e diga:)
“Você está completa e totalmente relaxado. Completa e totalmente relaxado. Seu corpo está leve; como se fosse água, como se estivesse desmanchando na terra.
“Permita-se ser levado e vagar tranqüilamente em seu estado de relaxamento. Se quaisquer preocupações e ansiedades perturbarem a sua paz, imagine-as escoando do seu corpo como água e fundindo-se à terra. Sinta-se sendo purificado e renovado.”
(Permaneça em estado de relaxamento profundo por uns 10 ou 15 minutos.É bom praticar esse exercício diariamente, até que seja capaz de relaxar completamente só pela razão de deitar-se e soltar-se, sem necessidade de passar por todo o processo. Pessoas que têm dificuldade para dormir verificarão a eficácia desse exercício. No entanto, não se permita adormecer. A sua mente está sendo treinada para ficar relaxada mas alerta. Posteriormente, você utilizará esse estado para trabalhos de transe, que é muito mais difícil se você não tem o hábito de permanecer acordado. Se você pratica à noite, antes de dormir, sente-se, abra os olhos, e, conscientemente, termine o exercício antes de dormir.) #

Exercício 3: Concentração e Centralização
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

Antes de dar início à prática da visualização, devemos nos concentrar e centrar. Esta é, provavelmente, uma das técnicas básicas do trabalho mágico. Concentração significa estabelecer uma ligação energética com a terra. O exercício da Árvore da Vida é um dos métodos de concentração. O outro é visualizar uma corda ou mastro que se estende da base da sua espinha dorsal até o centro da Terra. Centre-se alinhado o corpo ao longo de seu centro de gravidade. Respire a partir do seu centro_ do seu diafragma e abdome. Sinta a energia fluir da terra e ocupar você.
A concentração é importante pois permite que você sorva a vitalidade da terra, em lugar de esgotar a sua. Quando canaliza energia, ela serve como um pára-raios psíquico: as forças atravessam você em direção à terra, em vez de lhe “queimarem” a mente e o corpo.#

Então, vamos recapitular: você treina primeiro a Respiração. Depois o Relaxamento, até ser capaz de fazê-lo bem. Depois, passa ao segundo estágio: você faz o Relaxamento, depois Concentração e Centralização. Então, faz algum exercício dentre os abaixo. Por exemplo, Visualizações Elementares. Quando terminar, você precisa devolver pra Terra a energia que sobrou, o que chamamos de Aterramento. E, antes de levantar e ir fazer qualquer outra coisa, precisa lembrar de recolher qualquer corda, mastro, tentáculo ou raiz que você estendeu pra dentro da Terra.
Pra quê tudo isso? Só porque a gente gosta de ser chato? Não. Se você esquecer de devolver à Terra o resto de energia que pegou emprestada, o excesso de energia vai gerar irritação extrema e até dores físicas, uma dor de barriga, por exemplo. É o que chamamos de Maré da Destruição. A “cura” pra isso é aterrar. Se você esquecer de recolher suas raízes pra dentro de você, as raízes vão continuar ligando você ao lugar do qual saiu, se esticando feito um chiclete e se emaranhando pelos móveis enquanto você anda pela casa. Poupe problema e recolha-as.
Vou colocar o Aterramento agora, e os exercícios de Visualização em seguida.

Exercício 4: Aterrando o Poder
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

(Também chamado de concentrando o poder. Aterrar o poder é uma das técnicas básicas da magia. O poder deve ser aterrado cada vez que for despertado. Do contrário, o que sentimos como sendo uma energia vitalizante degenera-se em tensão nervosa e irritabilidade.)
“Agora, deite-se no chão e relaxe. Coloque as palmas de suas mãos no chão ou estire-se por inteiro. Deixe que o poder entre na terra através de você.” (Mesmo se o encontro for realizado numa cobertura a quinze andares do solo, visualize a energia fluindo para a terra em si.) “Relaxe e deixe que a força flua através de você... deixe que ela flua profundamente em direção à terra... onde ela será purificada e renovada. Relaxe e permita-se vagar tranqüilamente.” #

Lembre-se sempre de “fechar” a Terra, antes de sair do lugar. Vai evitar que a coitada fique jorrando energia, feito uma fonte.
Visualização é a capacidade de ver, ouvir, sentir, tocar e sentir o sabor com os sentidos internos. Não é apenas ver com os olhos da mente, mas também sentir o cheiro, o gosto, o tato. Quando começar a praticar os exercícios de visualização, vai lhe parecer que seus sentidos estavam, até então, adormecidos, e você nunca tinha parado pra pensar no gosto e no cheiro de nada. Em sua vida cotidiana, você vai querer prestar mais atenção nos cheiros, nas cores, nos sabores, tentando retê-los na memória, pra usá-los nas visualizações. Vai parecer que a sua vida tem mais cor, mais cheiro e mais sabor. Todo um mundo novo de sensações vai se abrir pra você.

Exercício 5: Visualizações Elementares
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

Este exercício é para os que têm dificuldade de visualizar. Concentre-se e centre-se. Feche os olhos e imagine que está olhando para uma parede branca ou uma tela vazia. Pratique visualizar formas geométricas simples: uma linha, um ponto, um círculo, um triângulo, uma elipse e assim por diante.
Quando você for capaz de ver nitidamente as formas, visualize a tela em cores: vermelha, amarela, azul, alaranjada, violeta e preta, uma de cada vez. Pode ajudar se você olhar para um objeto colorido, antes, com os olhos abertos; a seguir, feche os olhos e mentalmente veja a cor.
Finalmente, pratique visualizar formas geométricas em várias cores. Altere as cores e formas até que, com espontaneidade, possa fazê-lo mentalmente.#

Quando estiver afiado nas Visualizações Elementares, você já pode aprender a entrar em Alfa. Ou seja, a entrar em transe. É no estado Alfa que toda magia é feita. O método mostrado para entrar em Alfa é a Contagem Regressiva de Cristal, da Laurie Cabot. Use-a em conjunto com a Meditação da Maçã. Quando estiver bom nisso, você pode programar o seu Alfa Instantâneo, que vai lhe permitir entrar em Alfa profundo a qualquer hora e realizar encantamentos instantâneos.
Nessa altura, você deve estar se perguntando “Alfa? O que diacho é isso?” Vamos a uma breve explicação. Seu cérebro pode funcionar em estado Beta, Alfa, Theta e Delta. Quando as ondas cerebrais registram de 30 a 14 ciclos por segundo, seu cérebro está em estado Beta: é o estado de consciência desperta. Quando seu cérebro registra de 14 a 7 ciclos por segundo, seu cérebro está em estado Alfa: você está em transe, meditando ou dormindo. Seu cérebro também está em alfa quando você, no meio de uma aula de matemática, fica “viajando”. O tédio é um dos portais de acesso para alfa. Quando seu cérebro registra de 7 a 4 ciclos por segundo, seu cérebro está em estado Theta: sonolência, euforia ou tranqüilidade profunda. Quando seu cérebro registra de 3 a 1 ciclo por segundo, seu cérebro está em estado Delta: sono profundo e sem sonhos. O que nos interessa aqui é que você aprenda a entrar no estado Alfa. Por outras palavras: uma Bruxa é capaz de controlar a freqüência do próprio cérebro, e você aprenderá a fazer isso!
Para realizar a Contagem Regressiva de Cristal, faça o Relaxamento, a Concentração e Centralização e então a Contagem Regressiva de Cristal. Nesse ponto, faça a Meditação da Maçã, ou qualquer exercício ou feitiço que tenha planejado. Quando terminar, use o modo de sair da Contagem, e depois o Aterramento.
Como você já deve ter percebido, os exercícios são acumulativos. É como se você fosse jogar vôlei. Você precisa treinar manchetes, e saques, e etc, e depois juntar tudo num jogo.

Exercício 6: A Contagem Regressiva de Cristal
Fonte: Laurie Cabot, “O Amor Mágico”

Há vários métodos de passar a atividade cerebral, das ondas beta normais associadas à consciência desperta, para as ondas alfa mais profundas, típicas da consciência visionária. Embora os métodos variem entre os magos, médiuns, xamãs, curandeiros e Bruxas, todos eles concordam que o estado alfa é o portal ao trabalho sensitivo criativo. Alguns métodos incluem tambores, cânticos, danças, respiração profunda, música e determinadas posturas corporais. O método que ensino como parte da Ciência da Bruxaria [a Tradição fundada por Laurie Cabot chama-se Tradição Cabot de Ciência da Bruxaria] chama-se “Contagem Regressiva de Cristal” [Crystal Countdown], um processo de visualização que combina cor e número.
 
Feche os olhos, respire profundamente algumas vezes e visualize um 7 vermelho ou o número 7 num fundo vermelho. Detenha-se nessa imagem por alguns segundos e depois visualize um 6 laranja. Prossiga visualizando um 5 amarelo, um 4 verde, um 3 azul, um 2 índigo e um 1 lilás. Quando sua atenção concentrar-se no 1 lilás, diga: “Agora estou em alfa e tudo o que fizer será preciso e correto. Assim seja.” Aprofunde o estado ainda mais, contando regressivamente de dez a um sem qualquer componente cromático e depois repita a sugestão conforme descrito acima.
Nesse momento, faça o seu feitiço, projeção, energize um objeto ou realize qualquer trabalho mágico que tiver planejado. [Por exemplo, a Meditação da Maçã].
Para voltar ao seu estado de consciência normal, conte lentamente de um a sete. As cores não são necessárias para o retorno. Respire profundamente algumas vezes, tornando-se lentamente consciente do ambiente físico que o cerca.#

Laurie Cabot recomenda que se treine a Contagem, junto com a Meditação da Maçã, durante 5 semanas, pelo menos, a fim de aperfeiçoar a técnica. Hehe. Pede pra sair!

Exercício 7: A Meditação da Maçã
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

Visualize uma maçã. Segure-a em suas mãos; vire-a; sinta-a. Sinta a forma, o tamanho, o peso, a textura. Repare a cor, o reflexo da luz em sua casca. Traga-a para junto de seu nariz e cheire-a. Dê uma mordida e prove-a; ouça o som feito por seus dentes ao mordê-la. Coma a maçã; sinta-a descendo por sua graganta. Veja-a tornando-se menor. Quando você a tiver comido até o caroço, deixe-a desaparecer.
Repita com outros alimentos. Casquinhas de sorvete são materiais excelentes.#

Tenho uma excelente recordação de uma Meditação da Lasanha...
Para usar o exercício de Viagem Mental, Relaxe, Concentre-se e Centre-se, use a Contagem para entrar em alfa, faça a Viagem Mental. Quando terminar a Viagem, faça a Contagem de retorno a beta e o Aterramento.
 
Exercício 8: Viagem Mental
Fonte: Laurie Cabot, “O Poder da Bruxa”

Este exercício ajudará a provar que a informação recebida em alfa provém do mundo externo e não está sendo meramente forjada.
Entre em alfa usando a Contagem Regressiva de Cristal.
Quando estiver relaxado, projete em sua tela uma loja que nunca visitou antes em sua cidade. Escolha uma loja real numa rua específica ou num local específico de um shopping center. É mais fácil usar uma loja pequena de uma só sala ou butique, em vez de uma grande loja de departamentos.
Veja-se, com o olho de sua mente, parando defronte da loja. Depois entre. Olhe à sua volta psiquicamente. Examine a planta do andar. Observe os balcões, onde estão e o que contêm. Note as cores na loja, os cartazes nas paredes, onde estão as caixas registradoras e as vitrines dentro da loja. Use as mãos para sentir e ver os artigos na loja. É claro, talvez não se veja tudo na primeira visita psíquica. Podem ser obtidas apenas algumas impressões, umas poucas formas e cores. Não entre em detalhes antes de ter sido feito um quadro completo. Deixe vir o que vier. Recorde-se que sua mente não possui essa informação antes da sua visita psíquica. A informação acode-lhe à mente porque você está psiquicamente presente na loja.
Quando sentir que já viu tudo o que iria ver hoje, apague a loja com as mãos, faça a contagem progressiva e abra os olhos.
Depois escreva o que viu ou desenhe um diagrama para não esquecer nada. Quando tiver tempo, visite a loja que viu em sua tela e confirme quantos dos detalhes são exatos. Não fique desapontado se eles não forem todos 100% perfeitos. Tenha em mente que viu a loja em uma determinada hora de um determinado dia. Pode ter mudado entre esse momento e a sua visita física. Por exemplo, pode ter visto em sua tela um milk-shake e surpreender-se com o que estaria fazendo em uma butique de roupas. Talvez uma freguesa tivesse entrado com ele. Pode ter detectado uma cor vermelho-viva atrás do balcão que não existia durante a sua visita. física. Talvez o vendedor estivesse usando naquele dia um suéter vermelho.
O trabalho psíquico requer prática. Levará algum tempo para aprender como avaliar suas experiências. Note sempre quantas vezes “acertou em cheio” e fique satisfeito mesmo que isso ocorra poucas vezes. Penso que ficará surpreso ao descobrir que seus acertos são, em geral, da ordem de 50%. #

Das quatro habilidades básicas, você já treinou o Relaxamento, a Concentração e a Visualização. Vamos agora treinar a quarta habilidade: Projeção de energia.
Para fazer o exercício da Pedra, Relaxe, Concentre-se e Centre-se, use a Contagem para ir pra alfa, faça o exercício da Pedra, use a Contagem de retorno a beta e Aterre.

Exercício 9: A Pedra
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”

Concentre-se e centre-se. Imagine que você está na praia, olhando para as ondas. Em sua mão mais forte [o termo técnico é “mão projetiva” ou “mão de poder”] você segura uma pedra pesada. Pegue-a, inspire e quando você expirar, deixe-a voar! [É pra jogar a pedra longe.] Veja-a mergulhar no mar, pouco abaixo da linha do horizonte.
Agora, olhe novamente. Perceba que pode ver um horizonte duas vezes mais longe. Mentalmente, faça um esforço para vê-lo. Em sua mão, segure uma pedra duas vezes maior do que a primeira. Mais uma vez, inspire profundamente e, ao expirar, jogue-a com toda a sua força. Acompanhe-a mergulhando nas ondas longínquas.
Outra vez, olhe e perceba que pode ver um horizonte duas vezes mais longe. Em sua mão, segure uma pedra duas vezes mais pesada. Inspire mais uma vez profundamente, e, ao expirar, jogue-a com força! Veja-a cair.
Pratique este exercício até que sinta a liberação de poder que acompanha a pedra. #

Pra fazer o exercício do Martelo, Relaxe, Concentre-se e Centre-se, use a Contagem para ir a alfa, faça o exercício do Martelo, use a Contagem de regresso a beta e Aterre.
 
Exercício 10: O Martelo
Fonte: Starhawk, “A Dança Cósmica das Feiticeiras”
 
ficando da cor que você desejar.] _ saindo de sua mão direita (projetiva) para a esquerda (receptiva). Se for canhoto, inverta as direções.
Agora, visualize essa energia lentamente girando no sentido horário [mesmo no Hemisfério Sul] entre suas palmas. Molde-a numa bola de energia brilhante, pulsante, mágica. Veja suas dimensões, suas cores. Sinta sua força e seu calor em seu corpo. Não há nada de sobrenatural nisso. Segure a bola com as mãos em concha. Faça com que cresça ou diminua de tamanho por meio da sua visualização [com os olhos abertos]. Por fim, empurre-a para dentro de seu estômago e reabsorva-a de volta para o seu sistema.
Isto não só é divertido como também é uma valiosa experiência de aprendizado mágico. Após dominar a arte das esferas de energia, o passo seguinte é sentir os campos de energia.
Sente-se ou permaneça de pé diante de uma planta qualquer. Ervas e plantas vicejantes aparentemente funcionam melhor. Se necessário, flores cortadas num vaso também podem ser usadas.
Respire profundamente por alguns instantes e limpe seus pensamentos. Coloque a palma de sua mão receptiva (esquerda) alguns centímetros acima da planta. Direcione seu consciente para a sua palma. Você não sente um certo latejar, uma vibração, uma onda de calor ou simplesmente uma alteração na energia de sua mão? Você não sente a força interna da planta?
Em caso positivo, muito bem_ você sentiu a energia. Após conseguir isso, tente sentir a energia de pedras e cristais. Coloque um cristal de quartzo, digamos, sobre uma mesa e passe sua mão receptiva sobre o cristal. Ative seus sentidos e atente para as invisíveis porém palpáveis energias que pulsam no cristal.
Lembre-se de que todos os objetos naturais são manifestações da energia divina. Com prática, podemos sentir o poder que neles reside.
Se tiver dificuldades em sentir esses poderes, esfregue levemente as palmas das mãos para sensitivá-las e tente novamente. #
 
Quando você realmente acumula energia nas mãos, elas ficam quentes. Tive a curiosidade de medir com um termômetro enquanto fazia esse exercício, e o resultado foi 40 graus! No entanto, no resto do corpo, a temperatura permanecia normal. Depois de algumas sessões, minha percepção tinha aumentado, e a energia parecia um creme glacê quente, e pulsava como um coração.
Um dos meus aprendizes, certa vez, estava treinando a bola de energia. Tinha brigado com a namorada e resolveu descontar lançando a bola de energia na porta do guarda-roupa, que estava aberta. Pois bem: a porta fechou e a chave girou na fechadura. Meu aprendiz, completamente atônito e apavorado, saiu correndo pela casa, gritando “Manhê!”
No livro “O Despertar da Bruxa em cada Mulher”, Laurie Cabot narra o seguinte episódio:
“Há alguns anos, quando eu tinha o hábito de ir a pé para o trabalho, costumava cruzar na rua com um velho, um alcoólatra. Todos os dias ele vinha cambaleando, fitava-me com olhar malicioso e fazia comentários grosseiros, aos gritos, na minha direção, como: “Ei, benzinho, quanto você cobra?” Em geral eu o ignorava. Mas, com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais chateada. Até que um dia ele aproximou-se e, por alguma razão_ talvez porque eu tivesse levantado pelo lado errado (certo!) da cama_ reagi.
O homem cambaleou na minha direção, como sempre. Jogou no meu rosto, babando, os habituais comentários lascivos. Deixei-o passar. Ele estava cerca de meia quadra distante de mim quando adotei a posição ereta [de Tai Chi Chuan], absorvi a energia do chi e desabafei o que realmente pensava do homem [lançando a energia com a mão]. Naquele momento, ele deu um salto de mais de um metro no ar, agarrando o fundilho das calças como se tivesse acabado de levar um pontapé na bunda. Deu meia-volta, olhando-me incrédulo e demonstrando muito medo em seus olhos vermelhos e arregalados. Embora eu o tenha encontrado ainda algumas vezes, ele nunca mais falou comigo nem caminhou pelo mesmo lado da calçada que eu.”
 
Nesse episódio (eu adoro a Laurie Cabot!), Laurie usou uma técnica de Tai Chi Chuan, mas você também pode usar a técnica da bola de energia para isso.
Chi na China, Ki no Japão, Prana na Índia, Mana, Numen, Nyv entre os Druidas, Maucht na Bruxaria Escocesa, Éter no ocultismo ocidental. Tudo isso são nomes para a mesma coisa: a energia vital, o creme glacê pulsante com o qual você acabou de aprender a fazer uma bola.
Enfeitiçar um objeto, ou energizá-lo, é transferir esse creme glacê para o objeto, programando-o para um propósito específico. Essa programação é feita através da sua vontade: você dá uma ordem pra energia, e ela executa.


Concentre-se e centre-se. Visualize um martelo pesado em sua mão. Um prego teimoso está para fora em uma tábua à sua frente. Com toda a sua força, martele o prego na tábua. Repita, num total de três vezes. #

Certa vez, resolvi levar o exercício de Starhawk adiante e construí uma cadeira.
Para o próximo exercício, Brincando com Energia, Relaxe, Concentre-se e Centre-se e, de olhos abertos, faça o Brincando com a Energia. Depois, Aterre. Você também poderia fazer esse exercício sem se conectar com a terra e, por conseguinte, sem ter de aterrar. Mas, nesse caso, a bola de energia ficaria bem menor.

Exercício 11: Brincando com Energia
Fonte: Scott Cunningham, “Guia Essencial da Bruxa Solitária”

Acalme-se. Respire fundo. Esfregue a palma de suas mãos por cerca de 20 segundos. Comece lentamente e acelere cada vez mais. Sinta seus músculos tensionados. Sinta as palmas se esquentando. Então, pare subitamente e segure-as longe uma da outra cerca de 4 cm. Sente-as formigando? Esta é uma manifestação de poder. Ao esfregar as mãos, utilizando os músculos de seus braços e ombros, você está gerando energia_ poder mágico. Ele flui de suas palmas enquanto você as mantém afastadas. [Sabe aquele tal de Éter, o Quinto Elemento? É justamente essa energia que é o Éter. Não confunda o Éter da Magia com o éter da Astronomia, e muito menos com o éter da Química, que é vendido num vidrinho.]
Se não sentir absolutamente nada, repita uma ou duas vezes por dia até que tenha sucesso. Lembre-se, não se force a sentir o poder. Tentar com mais força não leva a lugar nenhum. Relaxe e permita-se sentir o que tem sempre estado ali.
Após realmente sentir essa energia, comece a criar formas com ela. Use sua visualização para tanto. Logo após esfregar suas mãos, enquanto estiver formigando, visualize raios de energia_ talvez azulados ou arroxeados [o que me vem naturalmente é dourado. Você pode colorir a energia como quiser. Ela segue suas ordens.
 
(Continua em: Como energizar um objeto)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Psy Balls e Esferas de Energia

O texto abaixo foi retirado de uma comunidade do orkut. É de autoria da Nadia Bertolini.
Uma bruxa rara que consegue unir com maestria teoria e prática sem misticismos desnecessários.



Exercício 11: Brincando com Energia
Fonte: Scott Cunningham, “Guia Essencial da Bruxa Solitária”

Acalme-se. Respire fundo. Esfregue a palma de suas mãos por cerca de 20 segundos. Comece lentamente e acelere cada vez mais. Sinta seus músculos tensionados. Sinta as palmas se esquentando. Então, pare subitamente e segure-as longe uma da outra cerca de 4 cm. Sente-as formigando? Esta é uma manifestação de poder. Ao esfregar as mãos, utilizando os músculos de seus braços e ombros, você está gerando energia_ poder mágico. Ele flui de suas palmas enquanto você as mantém afastadas. [Sabe aquele tal de Éter, o Quinto Elemento? É justamente essa energia que é o Éter. Não confunda o Éter da Magia com o éter da Astronomia, e muito menos com o éter da Química, que é vendido num vidrinho.]
Se não sentir absolutamente nada, repita uma ou duas vezes por dia até que tenha sucesso. Lembre-se, não se force a sentir o poder. Tentar com mais força não leva a lugar nenhum. Relaxe e permita-se sentir o que tem sempre estado ali.
Após realmente sentir essa energia, comece a criar formas com ela. Use sua visualização para tanto. Logo após esfregar suas mãos, enquanto estiver formigando, visualize raios de energia_ talvez azulados ou arroxeados [o que me vem naturalmente é dourado. Você pode colorir a energia como quiser. Ela segue suas ordens ficando da cor que você desejar.] _ saindo de sua mão direita (projetiva) para a esquerda (receptiva). Se for canhoto, inverta as direções.
Agora, visualize essa energia lentamente girando no sentido horário [mesmo no Hemisfério Sul] entre suas palmas. Molde-a numa bola de energia brilhante, pulsante, mágica. Veja suas dimensões, suas cores. Sinta sua força e seu calor em seu corpo. Não há nada de sobrenatural nisso. Segure a bola com as mãos em concha. Faça com que cresça ou diminua de tamanho por meio da sua visualização [com os olhos abertos]. Por fim, empurre-a para dentro de seu estômago e reabsorva-a de volta para o seu sistema.
Isto não só é divertido como também é uma valiosa experiência de aprendizado mágico. Após dominar a arte das esferas de energia, o passo seguinte é sentir os campos de energia.
Sente-se ou permaneça de pé diante de uma planta qualquer. Ervas e plantas vicejantes aparentemente funcionam melhor. Se necessário, flores cortadas num vaso também podem ser usadas.
Respire profundamente por alguns instantes e limpe seus pensamentos. Coloque a palma de sua mão receptiva (esquerda) alguns centímetros acima da planta. Direcione seu consciente para a sua palma. Você não sente um certo latejar, uma vibração, uma onda de calor ou simplesmente uma alteração na energia de sua mão? Você não sente a força interna da planta?
Em caso positivo, muito bem_ você sentiu a energia. Após conseguir isso, tente sentir a energia de pedras e cristais. Coloque um cristal de quartzo, digamos, sobre uma mesa e passe sua mão receptiva sobre o cristal. Ative seus sentidos e atente para as invisíveis porém palpáveis energias que pulsam no cristal.
Lembre-se de que todos os objetos naturais são manifestações da energia divina. Com prática, podemos sentir o poder que neles reside.
Se tiver dificuldades em sentir esses poderes, esfregue levemente as palmas das mãos para sensitivá-las e tente novamente. #
Quando você realmente acumula energia nas mãos, elas ficam quentes. Tive a curiosidade de medir com um termômetro enquanto fazia esse exercício, e o resultado foi 40 graus! No entanto, no resto do corpo, a temperatura permanecia normal. Depois de algumas sessões, minha percepção tinha aumentado, e a energia parecia um creme glacê quente, e pulsava como um coração.
Um dos meus aprendizes, certa vez, estava treinando a bola de energia. Tinha brigado com a namorada e resolveu descontar lançando a bola de energia na porta do guarda-roupa, que estava aberta. Pois bem: a porta fechou e a chave girou na fechadura. Meu aprendiz, completamente atônito e apavorado, saiu correndo pela casa, gritando “Manhê!”
No livro “O Despertar da Bruxa em cada Mulher”, Laurie Cabot narra o seguinte episódio:
“Há alguns anos, quando eu tinha o hábito de ir a pé para o trabalho, costumava cruzar na rua com um velho, um alcoólatra. Todos os dias ele vinha cambaleando, fitava-me com olhar malicioso e fazia comentários grosseiros, aos gritos, na minha direção, como: “Ei, benzinho, quanto você cobra?” Em geral eu o ignorava. Mas, com o passar do tempo, fui ficando cada vez mais chateada. Até que um dia ele aproximou-se e, por alguma razão_ talvez porque eu tivesse levantado pelo lado errado (certo!) da cama_ reagi.
O homem cambaleou na minha direção, como sempre. Jogou no meu rosto, babando, os habituais comentários lascivos. Deixei-o passar. Ele estava cerca de meia quadra distante de mim quando adotei a posição ereta [de Tai Chi Chuan], absorvi a energia do chi e desabafei o que realmente pensava do homem [lançando a energia com a mão]. Naquele momento, ele deu um salto de mais de um metro no ar, agarrando o fundilho das calças como se tivesse acabado de levar um pontapé na bunda. Deu meia-volta, olhando-me incrédulo e demonstrando muito medo em seus olhos vermelhos e arregalados. Embora eu o tenha encontrado ainda algumas vezes, ele nunca mais falou comigo nem caminhou pelo mesmo lado da calçada que eu.”
Nesse episódio (eu adoro a Laurie Cabot!), Laurie usou uma técnica de Tai Chi Chuan, mas você também pode usar a técnica da bola de energia para isso.
Chi na China, Ki no Japão, Prana na Índia, Mana, Numen, Nyv entre os Druidas, Maucht na Bruxaria Escocesa, Éter no ocultismo ocidental. Tudo isso são nomes para a mesma coisa: a energia vital, o creme glacê pulsante com o qual você acabou de aprender a fazer uma bola.
Enfeitiçar um objeto, ou energizá-lo, é transferir esse creme glacê para o objeto, programando-o para um propósito específico. Essa programação é feita através da sua vontade: você dá uma ordem pra energia, e ela executa.
By Nadia Bertolini